▫️A chegada de um bebê, apesar de tudo de maravilhoso que isso represente, não é uma experiência fácil para seus cuidadores.
▫️O bebê que chega sempre é diferente do bebê esperado!
Ele é um desconhecido! É necessário tempo para que a dupla bebê-mãe (ou aquele que ocupa o lugar de agente da função materna) se apresentem um ao outro. Tudo é novo! E acontece num momento em que a mãe está lidando com tantas outras coisas: mudanças no corpo, amamentação complexa, noites sem dormir, deslizamento do lugar de filha para o lugar de mãe, seu distanciamento da vida social, as inevitáveis mudanças na vida conjugal, entre outras coisas.
▫️Quando os pais se abrem para conhecer quem de fato chegou, o que é puro reflexo no bebê vai se tornando demanda, como se o bebê dissesse algo que precisa ser interpretado por aqueles que cuidam dele. Quando isso acontece, os pais estão supondo que já existe ali um sujeito, o que é fundamental para que o mesmo possa, de fato, emergir dessa aposta.
▫️Nada está dado à priori: é no cuidado com o recém-nascido que o laço afetivo poderá se estabelecer.
▫️Tudo no seu tempo!
Muitas interferências nesse processo podem prejudicar esse encontro!
▫️Podemos sim cuidar da recém-mãe, a partir das demandas dela, enquanto ela cuida do seu bebê!