CAMA COMPARTILHADA. PODE OU NÃO PODE?

CAMA COMPARTILHADA

Poder, pode…já que não é função do profissional opinar diretamente sobre as decisões da família em relação à criação dos filhos. No entanto, cabe ao profissional fazer a família entender quais são as motivações para suas escolhas.

O que leva um casal a compartilhar a cama com o(s) filho(s)? Isso responde ao interesse de quem? Dos pais ou da criança?

Dormir na cama dos pais implica em riscos à saúde física da criança, por motivos que todos já sabem, e também impede que o bebê se desenvolva, já que os movimentos do mesmo acabam ficando restritos. Soma-se a isso o fato dos pais não dormirem bem, com receio de machucarem a criança, num espaço que acaba ficando reduzido para todos.

A chegada de um bebê faz com que todos voltem sua atenção para o mesmo, de modo especial, o agente da função materna, geralmente a mãe. É comum que a mulher sofra com toda mudança hormonal que leva à diminuição da libido, fazendo com que a intimidade do casal fique num segundo plano.
No entanto, passados os primeiros meses, é fundamental que o casal comece a reinvestir sua libido na relação. Afinal de contas, antes de serem pais, já eram um casal, e deveriam seguir se vendo assim, e isso inclui a intimidade e privacidade dos mesmos. Caso contrário, correm o risco de caírem na armadilha do comodismo ou até mesmo fazer uso da presença da criança para esconderem o que não anda muito bem na relação.

O quarto do casal deve ser um lugar de trocas entre dois adultos, incluindo as conversas das quais as crianças não devem participar.

É importante que, desde muito cedo, a criança saiba que tem um lugar no mundo. Um lugar especial que foi preparado pra ela antes mesmo dela chegar.

As crianças são menos frágeis do que imaginamos, e muito capazes de lidar com suas inseguranças, com seus medos. Dar um lugar diferente para os filhos não significa deixá-los sem cuidado.
É estar junto no adormecer: contar uma história, cantar uma cantiga de ninar, oferecer um objeto que tranquilize a criança.

Desse modo os pais dizem aos filhos que acreditam que eles podem atravessar a noite, enfrentando seus medos e inseguranças e, caso necessário, estarão logo ali.

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